Introdução
Meu processo criativo é intrínseco ao conjunto de metodologias e habilidades que desenvolvo desde que estive na universidade. Ele nasce da capacidade de observar o mundo a minha volta, de ter um olhar analítico, de uma intuição que se forma através do raciocínio, e que se desenvolve direto dentro para os projetos, seja através da forma, da usabilidade e da proporção, que guiam as narrativas que construo.
Eu crio explorando visualmente. Testo, erro e refino, até que a solução estética e utilizável encontrem sua própria lógica interna. Meu método é fluido, não linear, sensorial, e - dependendo do projeto - altamente documentado.

Posição Inicial
Meu processo sempre começa com uma busca pela percepção do problema e a lógica para tentar resolvê-lo. Antes de começar a projetar, eu observo o problema, identifico padrões e procuro entender o que aquela solução precisa comunicar — seja em termos estéticos, funcionais ou estratégicos.
Esse processo não parte de um modelo rígido. A depender do projeto, inicio pela estrutura funcional, pela hierarquia de informações ou pela construção visual. A intuição guia a direção inicial, dessa vez com base em dados e pesquisa. O raciocínio que define o caminho: analiso referências, expectativas, contexto e comportamento de uso para transformar a ideia em algo consistente e aplicável.
A partir dessa etapa, organizo a intenção do projeto: o que deve ser percebido, o que deve ser sentido e o que precisa funcionar.

Projeto Hellius
Nesse projeto, por exemplo, para compreender a necessidade do produto - que era o primeiro do tipo - precisei estudar os manuais de trânsito e mobiliário urbano no Contran. Foi uma fase extensa de pesquisa e aprofundamento, de entender como funcionam os elementos, e como tratá-los dentro do novo software.
Processo com base em iteração
Grande parte do meu processo, nesse estágio, acontece durante a execução. Ferramentas como Cinema 4D, Keyshot e Figma atuam como base para o desenvolvimento das ideias em algo palpável, tátil e semelhante ao utilizável.
Em vez de etapas longas de conceituação teórica, opto pela experimentação direta: testo volumes, ajusto superfícies, avalio proporções e organizo comportamentos de interface dentro do próprio ambiente digital. Esse modo de trabalho reduz a distância entre intenção e resultado, permitindo que decisões estéticas e funcionais evoluam simultaneamente.
Essa abordagem torna o processo mais iterativo e visualmente fundamentado, permitindo que a forma e a usabilidade se desenvolvam juntas, sem etapas rígidas. E, graças a pesquisa e dados, decisões podem ser tomadas de forma mais assertiva, sem custo de tempo e com amplo espaço para ajustes e alterações.

Check-In/Out BYD Vitória Motors
Nesse projeto, por exemplo, a melhor forma de criar a experiência é vivendo ela. Em vez de criar fluxogramas e documentações extensas, foi construído, após um período de estudo, um caminho lógico de onde o cliente estaria transitando em sua experiência na loja. O check-in é uma solução que está intrinsicamente presente no fluxo, graças a habilidade de testar e iterar como parte do processo de construção.
Forma, materialidade e narrativa
A forma e a materialidade são elementos centrais no meu processo criativo. Antes de pensar em detalhes finais, busco entender como o produto ou interface deve se apresentar para os usuários: sua presença, seu peso visual e sua leitura imediata. A narrativa ajuda a colocar o produto no mesmo ambiente em que será utilizado.
Nos projetos físicos, isso envolve proporção, superfície, acabamento e comportamento com a luz, a forma, usabilidade e até mesmo materiais entram em cena para contextualizar e solidificar os conceitos do produto nos projetos. Nos projetos digitais, esses paradigmas se manifestam como hierarquia da informação, peso nos fluxos e sensibilidade durante a utilização, contraste, ritmo visual e fluidez de navegação.
Nessa etapa, o objetivo é garantir que a solução comunique o essencial da forma mais clara e objetiva possível, equilibrando estética e funcionalidade.

Jcggc Home
Esse projeto é perfeito para exemplificar forma e materialidade. Jcggc Home é um hub que comporta em qualquer ambiente. Ele foi desenhado para usar materiais que não competissem com o ambiente que eles seriam utilizados, que no caso, é o lar dos usuários. O design foi pensado como um objeto modular que trouxesse leveza e modernidade.
Refinamento progressivo
A depender do projeto, meu processo criativo pode acontecer linearmente ou de forma não linear. Por se tratar de projetos de design, ele é formado por ciclos de ajustes, revisões e reavaliações constantes. Em cada etapa, retorno ao que já foi feito para garantir coerência visual, consistência de linguagem e precisão das decisões. Tudo em apoio a narrativa do produto, a intenção para o que ele serve e a quem e ao quê esse produto vai existir para resolver.
Esse refinamento envolve: validar se a solução continua fiel à intenção inicial; equilibrar proporções, contrastes e elementos visuais; assegurar que a experiência seja clara e aplicável; ajustar detalhes técnicos e funcionais. Essa fase transforma a exploração inicial em um projeto sólido, pronto para ser apresentado, testado ou implementado.

Documentação retroativa
Como o processo é fluido e muitas vezes guiado pela experimentação, a documentação ocorre em grande parte depois que as principais decisões já estão tomadas.
Nessa etapa, organizo: capturas intermediárias; versões descartadas; decisões que influenciaram o resultado final; linhas de raciocínio que sustentam o projeto; justificativas técnicas e visuais. A documentação retroativa não busca reconstruir um passo a passo perfeito, mas registrar de forma clara o por que a solução final faz sentido dentro do projeto.

Site Azul Agro
Esse projeto é um bom exemplo de documentação retroativa. Durante o desenvolvimento, que precisou acontecer rapidamente, a equipe foi tomando decisões e criando marcos para retornarmos e documentarmos o projeto. Foi um bom momento também para fazermos validações das decisões tomadas durante o desenvolvimento. Um dos exemplos foi através do conjunto de ajustes que deixaram o site perfeito para o cliente. Tudo graças a criação de marcos e documentação retroativa.
Assinatura visual
Ao longo dos projetos, minha prática desenvolveu uma linguagem visual própria, reconhecível pela clareza das formas, pela redução de ruídos e pela busca por equilíbrio entre estética, propósito e funcionalidade.
Essa linguagem se manifesta em: projetos físicos (produtos, renderizações, superfícies e materiais); interfaces digitais (layout, hierarquia, fluidez e ritmo visual); sistemas e ecossistemas completos (como a linha Jcggc e projetos profissionais).
A consistência estética não é um objetivo isolado, mas resultado natural de uma forma de pensar que valoriza precisão, coerência e intenção clara.

Projetos como evidência do processo
Em vez de publicar estudos de caso extensos para cada projeto, utilizo meus trabalhos como demonstrações práticas do meu método criativo. Cada projeto evidencia aspectos diferentes da minha abordagem, seja pela forma, pelo uso, pela construção visual ou pela estratégia. Os projetos funcionam como evidências do processo, não como documentação total de cada etapa.

Processo criativo, por Gabriel Rodrigues
Meu processo criativo combina observação, raciocínio, exploração direta e refinamento contínuo. Ele é flexível, adaptável ao tipo de projeto e estruturado o suficiente para garantir clareza e propósito no resultado final. Narrativa, pesquisa e iteração promovem identidade aos projetos. Dedicação, perseverança e foco promovem a qualidade dos produtos que eu crio.
Este portfólio reúne não só os produtos e interfaces que já desenvolvi, mas a forma como penso, crio e organizo minhas decisões. Mais do que uma sequência de etapas, meu processo é uma maneira de estruturar ideias e transformá-las em soluções claras, funcionais, visualmente consistentes, e que promovam impacto.

Introdução
Meu processo criativo é intrínseco ao conjunto de metodologias e habilidades que desenvolvo desde que estive na universidade. Ele nasce da capacidade de observar o mundo a minha volta, de ter um olhar analítico, de uma intuição que se forma através do raciocínio, e que se desenvolve direto dentro para os projetos, seja através da forma, da usabilidade e da proporção, que guiam as narrativas que construo.
Eu crio explorando visualmente. Testo, erro e refino, até que a solução estética e utilizável encontrem sua própria lógica interna. Meu método é fluido, não linear, sensorial, e - dependendo do projeto - altamente documentado.

Posição Inicial
Meu processo sempre começa com uma busca pela percepção do problema e a lógica para tentar resolvê-lo. Antes de começar a projetar, eu observo o problema, identifico padrões e procuro entender o que aquela solução precisa comunicar — seja em termos estéticos, funcionais ou estratégicos.
Esse processo não parte de um modelo rígido. A depender do projeto, inicio pela estrutura funcional, pela hierarquia de informações ou pela construção visual. A intuição guia a direção inicial, dessa vez com base em dados e pesquisa. O raciocínio que define o caminho: analiso referências, expectativas, contexto e comportamento de uso para transformar a ideia em algo consistente e aplicável.
A partir dessa etapa, organizo a intenção do projeto: o que deve ser percebido, o que deve ser sentido e o que precisa funcionar.

Projeto Hellius
Nesse projeto, por exemplo, para compreender a necessidade do produto - que era o primeiro do tipo - precisei estudar os manuais de trânsito e mobiliário urbano no Contran. Foi uma fase extensa de pesquisa e aprofundamento, de entender como funcionam os elementos, e como tratá-los dentro do novo software.
Processo com base em iteração
Grande parte do meu processo, nesse estágio, acontece durante a execução. Ferramentas como Cinema 4D, Keyshot e Figma atuam como base para o desenvolvimento das ideias em algo palpável, tátil e semelhante ao utilizável.
Em vez de etapas longas de conceituação teórica, opto pela experimentação direta: testo volumes, ajusto superfícies, avalio proporções e organizo comportamentos de interface dentro do próprio ambiente digital. Esse modo de trabalho reduz a distância entre intenção e resultado, permitindo que decisões estéticas e funcionais evoluam simultaneamente.
Essa abordagem torna o processo mais iterativo e visualmente fundamentado, permitindo que a forma e a usabilidade se desenvolvam juntas, sem etapas rígidas. E, graças a pesquisa e dados, decisões podem ser tomadas de forma mais assertiva, sem custo de tempo e com amplo espaço para ajustes e alterações.

Check-In/Out BYD Vitória Motors
Nesse projeto, por exemplo, a melhor forma de criar a experiência é vivendo ela. Em vez de criar fluxogramas e documentações extensas, foi construído, após um período de estudo, um caminho lógico de onde o cliente estaria transitando em sua experiência na loja. O check-in é uma solução que está intrinsicamente presente no fluxo, graças a habilidade de testar e iterar como parte do processo de construção.

Jcggc Home
Nesse projeto, por exemplo, foi necessário estudar o mercado relojoeiro como um todo. Não era suficiente só compreender o mercado de smartwatches. Era imperativo entender como relógios funcionavam do seu conceito mais simples ao mais complexo. Os estudos me informaram em como produzir coleções, formas e texturas que fossem adequadas a um vestível como esse.
Aproxime o mouse
Forma, materialidade e narrativa
A forma e a materialidade são elementos centrais no meu processo criativo. Antes de pensar em detalhes finais, busco entender como o produto ou interface deve se apresentar para os usuários: sua presença, seu peso visual e sua leitura imediata. A narrativa ajuda a colocar o produto no mesmo ambiente em que será utilizado.
Nos projetos físicos, isso envolve proporção, superfície, acabamento e comportamento com a luz, a forma, usabilidade e até mesmo materiais entram em cena para contextualizar e solidificar os conceitos do produto nos projetos. Nos projetos digitais, esses paradigmas se manifestam como hierarquia da informação, peso nos fluxos e sensibilidade durante a utilização, contraste, ritmo visual e fluidez de navegação.
Nessa etapa, o objetivo é garantir que a solução comunique o essencial da forma mais clara e objetiva possível, equilibrando estética e funcionalidade.
Refinamento progressivo
A depender do projeto, meu processo criativo pode acontecer linearmente ou de forma não linear. Por se tratar de projetos de design, ele é formado por ciclos de ajustes, revisões e reavaliações constantes. Em cada etapa, retorno ao que já foi feito para garantir coerência visual, consistência de linguagem e precisão das decisões. Tudo em apoio a narrativa do produto, a intenção para o que ele serve e a quem e ao quê esse produto vai existir para resolver.
Esse refinamento envolve: validar se a solução continua fiel à intenção inicial; equilibrar proporções, contrastes e elementos visuais; assegurar que a experiência seja clara e aplicável; ajustar detalhes técnicos e funcionais. Essa fase transforma a exploração inicial em um projeto sólido, pronto para ser apresentado, testado ou implementado.

Documentação retroativa
Como o processo é fluido e muitas vezes guiado pela experimentação, a documentação ocorre em grande parte depois que as principais decisões já estão tomadas.
Nessa etapa, organizo: capturas intermediárias; versões descartadas; decisões que influenciaram o resultado final; linhas de raciocínio que sustentam o projeto; justificativas técnicas e visuais. A documentação retroativa não busca reconstruir um passo a passo perfeito, mas registrar de forma clara o por que a solução final faz sentido dentro do projeto.

Site Azul Agro
Esse projeto é um bom exemplo de documentação retroativa. Durante o desenvolvimento, que precisou acontecer rapidamente, a equipe foi tomando decisões e criando marcos para retornarmos e documentarmos o projeto. Foi um bom momento também para fazermos validações das decisões tomadas durante o desenvolvimento. Um dos exemplos foi através do conjunto de ajustes que deixaram o site perfeito para o cliente. Tudo graças a criação de marcos e documentação retroativa.
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Assinatura visual
Ao longo dos projetos, minha prática desenvolveu uma linguagem visual própria, reconhecível pela clareza das formas, pela redução de ruídos e pela busca por equilíbrio entre estética, propósito e funcionalidade.
Essa linguagem se manifesta em: projetos físicos (produtos, renderizações, superfícies e materiais); interfaces digitais (layout, hierarquia, fluidez e ritmo visual); sistemas e ecossistemas completos (como a linha Jcggc e projetos profissionais).
A consistência estética não é um objetivo isolado, mas resultado natural de uma forma de pensar que valoriza precisão, coerência e intenção clara.

Projetos como evidência do processo
Em vez de publicar estudos de caso extensos para cada projeto, utilizo meus trabalhos como demonstrações práticas do meu método criativo. Cada projeto evidencia aspectos diferentes da minha abordagem, seja pela forma, pelo uso, pela construção visual ou pela estratégia. Os projetos funcionam como evidências do processo, não como documentação total de cada etapa.

Processo criativo, por Gabriel Rodrigues
Meu processo criativo combina observação, raciocínio, exploração direta e refinamento contínuo. Ele é flexível, adaptável ao tipo de projeto e estruturado o suficiente para garantir clareza e propósito no resultado final. Narrativa, pesquisa e iteração promovem identidade aos projetos. Dedicação, perseverança e foco promovem a qualidade dos produtos que eu crio.
Este portfólio reúne não só os produtos e interfaces que já desenvolvi, mas a forma como penso, crio e organizo minhas decisões. Mais do que uma sequência de etapas, meu processo é uma maneira de estruturar ideias e transformá-las em soluções claras, funcionais, visualmente consistentes, e que promovam impacto.

Créditos
©2025, GAGR.
Jcggc ©2025, GAGR.
Introdução
Meu processo criativo é intrínseco ao conjunto de metodologias e habilidades que desenvolvo desde que estive na universidade. Ele nasce da capacidade de observar o mundo a minha volta, de ter um olhar analítico, de uma intuição que se forma através do raciocínio, e que se desenvolve direto dentro para os projetos, seja através da forma, da usabilidade e da proporção, que guiam as narrativas que construo.
Eu crio explorando visualmente. Testo, erro e refino, até que a solução estética e utilizável encontrem sua própria lógica interna. Meu método é fluido, não linear, sensorial, e - dependendo do projeto - altamente documentado.

Posição Inicial
Meu processo sempre começa com uma busca pela percepção do problema e a lógica para tentar resolvê-lo. Antes de começar a projetar, eu observo o problema, identifico padrões e procuro entender o que aquela solução precisa comunicar — seja em termos estéticos, funcionais ou estratégicos.
Esse processo não parte de um modelo rígido. A depender do projeto, inicio pela estrutura funcional, pela hierarquia de informações ou pela construção visual. A intuição guia a direção inicial, dessa vez com base em dados e pesquisa. O raciocínio que define o caminho: analiso referências, expectativas, contexto e comportamento de uso para transformar a ideia em algo consistente e aplicável.
A partir dessa etapa, organizo a intenção do projeto: o que deve ser percebido, o que deve ser sentido e o que precisa funcionar.

Projeto Hellius
Nesse projeto, por exemplo, para compreender a necessidade do produto - que era o primeiro do tipo - precisei estudar os manuais de trânsito e mobiliário urbano no Contran. Foi uma fase extensa de pesquisa e aprofundamento, de entender como funcionam os elementos, e como tratá-los dentro do novo software.
Processo com base em iteração
Grande parte do meu processo, nesse estágio, acontece durante a execução. Ferramentas como Cinema 4D, Keyshot e Figma atuam como base para o desenvolvimento das ideias em algo palpável, tátil e semelhante ao utilizável.
Em vez de etapas longas de conceituação teórica, opto pela experimentação direta: testo volumes, ajusto superfícies, avalio proporções e organizo comportamentos de interface dentro do próprio ambiente digital. Esse modo de trabalho reduz a distância entre intenção e resultado, permitindo que decisões estéticas e funcionais evoluam simultaneamente.
Essa abordagem torna o processo mais iterativo e visualmente fundamentado, permitindo que a forma e a usabilidade se desenvolvam juntas, sem etapas rígidas. E, graças a pesquisa e dados, decisões podem ser tomadas de forma mais assertiva, sem custo de tempo e com amplo espaço para ajustes e alterações.

Check-In/Out BYD Vitória Motors
Nesse projeto, por exemplo, a melhor forma de criar a experiência é vivendo ela. Em vez de criar fluxogramas e documentações extensas, foi construído, após um período de estudo, um caminho lógico de onde o cliente estaria transitando em sua experiência na loja. O check-in é uma solução que está intrinsicamente presente no fluxo, graças a habilidade de testar e iterar como parte do processo de construção.

Jcggc Home
Nesse projeto, por exemplo, foi necessário estudar o mercado relojoeiro como um todo. Não era suficiente só compreender o mercado de smartwatches. Era imperativo entender como relógios funcionavam do seu conceito mais simples ao mais complexo. Os estudos me informaram em como produzir coleções, formas e texturas que fossem adequadas a um vestível como esse.
Aproxime o mouse
Forma, materialidade e narrativa
A forma e a materialidade são elementos centrais no meu processo criativo. Antes de pensar em detalhes finais, busco entender como o produto ou interface deve se apresentar para os usuários: sua presença, seu peso visual e sua leitura imediata. A narrativa ajuda a colocar o produto no mesmo ambiente em que será utilizado.
Nos projetos físicos, isso envolve proporção, superfície, acabamento e comportamento com a luz, a forma, usabilidade e até mesmo materiais entram em cena para contextualizar e solidificar os conceitos do produto nos projetos. Nos projetos digitais, esses paradigmas se manifestam como hierarquia da informação, peso nos fluxos e sensibilidade durante a utilização, contraste, ritmo visual e fluidez de navegação.
Nessa etapa, o objetivo é garantir que a solução comunique o essencial da forma mais clara e objetiva possível, equilibrando estética e funcionalidade.
Refinamento progressivo
A depender do projeto, meu processo criativo pode acontecer linearmente ou de forma não linear. Por se tratar de projetos de design, ele é formado por ciclos de ajustes, revisões e reavaliações constantes. Em cada etapa, retorno ao que já foi feito para garantir coerência visual, consistência de linguagem e precisão das decisões. Tudo em apoio a narrativa do produto, a intenção para o que ele serve e a quem e ao quê esse produto vai existir para resolver.
Esse refinamento envolve: validar se a solução continua fiel à intenção inicial; equilibrar proporções, contrastes e elementos visuais; assegurar que a experiência seja clara e aplicável; ajustar detalhes técnicos e funcionais. Essa fase transforma a exploração inicial em um projeto sólido, pronto para ser apresentado, testado ou implementado.


Site Azul Agro
Esse projeto é um bom exemplo de documentação retroativa. Durante o desenvolvimento, que precisou acontecer rapidamente, a equipe foi tomando decisões e criando marcos para retornarmos e documentarmos o projeto. Foi um bom momento também para fazermos validações das decisões tomadas durante o desenvolvimento. Um dos exemplos foi através do conjunto de ajustes que deixaram o site perfeito para o cliente. Tudo graças a criação de marcos e documentação retroativa.
Aproxime o mouse
Documentação retroativa
Como o processo é fluido e muitas vezes guiado pela experimentação, a documentação ocorre em grande parte depois que as principais decisões já estão tomadas.
Nessa etapa, organizo: capturas intermediárias; versões descartadas; decisões que influenciaram o resultado final; linhas de raciocínio que sustentam o projeto; justificativas técnicas e visuais. A documentação retroativa não busca reconstruir um passo a passo perfeito, mas registrar de forma clara o por que a solução final faz sentido dentro do projeto.
Assinatura visual
Ao longo dos projetos, minha prática desenvolveu uma linguagem visual própria, reconhecível pela clareza das formas, pela redução de ruídos e pela busca por equilíbrio entre estética, propósito e funcionalidade.
Essa linguagem se manifesta em: projetos físicos (produtos, renderizações, superfícies e materiais); interfaces digitais (layout, hierarquia, fluidez e ritmo visual); sistemas e ecossistemas completos (como a linha Jcggc e projetos profissionais).
A consistência estética não é um objetivo isolado, mas resultado natural de uma forma de pensar que valoriza precisão, coerência e intenção clara.

Projetos como evidência do processo
Em vez de publicar estudos de caso extensos para cada projeto, utilizo meus trabalhos como demonstrações práticas do meu método criativo. Cada projeto evidencia aspectos diferentes da minha abordagem, seja pela forma, pelo uso, pela construção visual ou pela estratégia. Os projetos funcionam como evidências do processo, não como documentação total de cada etapa.

Processo criativo, por Gabriel Rodrigues
Meu processo criativo combina observação, raciocínio, exploração direta e refinamento contínuo. Ele é flexível, adaptável ao tipo de projeto e estruturado o suficiente para garantir clareza e propósito no resultado final. Narrativa, pesquisa e iteração promovem identidade aos projetos. Dedicação, perseverança e foco promovem a qualidade dos produtos que eu crio.
Este portfólio reúne não só os produtos e interfaces que já desenvolvi, mas a forma como penso, crio e organizo minhas decisões. Mais do que uma sequência de etapas, meu processo é uma maneira de estruturar ideias e transformá-las em soluções claras, funcionais, visualmente consistentes, e que promovam impacto.
